sábado, 31 de março de 2018

Algo mais

Quanta tempo desde a última postagem, quantas histórias poderiam ser contadas por aqui, quantos momentos, sentimentos, dúvidas, uma lista imensa de "vida" que não para de acontecer. Quando por esses dias comecei a pensar nesse lugar de escrever, para assim poder refletir e transformar as sensações em palavras que vão significando aquilo que, embora não possa ser fielmente transcrito, é minha vivência.
Será que foi a proximidade do retorno de saturno que me trouxe até aqui? Quando dizem que paramos, olhamos para o passado, refletindo sobre uma vida em um ano, como que para fazer o balanço de todo o caminho percorrido até aqui! Talvez possa ser isso mesmo, mas sempre haverão outras hipóteses, porque eu não creio em respostas tão certeiras e deterministas, há muito que se duvidar da certeza, isso eu vi.
Ultimamente tenho andado tão próxima de mim, que tenho sim postulado meus pensamentos e adjetivos próprios, como quem se reafirma marcando um território por assim dizer. E quem sabe não seja uma dose de maior de auto conhecimento que tem me feito mais segura pra dizer e dar notícias sobre minhas vivências. Ou quem sabe seja um transbordamento de todo um sentir que tem me acompanhado intensamente. solidão. energia. choro. alegria. desprendimento. esperança. desespero. raiva. auto cuidado. ponderação.
Há muito para dizer quando eu olho para dentro e enxergo uma imensidão de sentimentos/memórias que se formaram em cada contexto, em cada compartilhar e que quando vejo seguem se replicando em situações que não são mais aquelas. Mas é para isso que preciso olhar, para me cuidar, para saber que respostas diferentes podem ser dadas, que novidades estão sempre por surgir e eu preciso escrever novas histórias.
Uau, eu tenho muito por dizer ainda, mas não vou me alongar agora. É porque a viagem fica mais interessante quando a gente vai apreciando assim aos poucos, tirando proveito de cada bonita paisagem, prestando atenção em detalhes que passam despercebidos em uma vista rápida. A calma e o cuidado são as chaves.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Feliz Ano Velho! Olá Ano Novo!

Se tem uma coisa que enche a paciência no final do ano são os milhares de textos, desabafos, crônicas, prosas, poesias, frases que expressam a expectativa em relação ao próximo ano. São palavras que anseiam pela possibilidade de algo novo, o tão sonhado recomeço! E então, surgem aquelas listas com planos e desejos a serem realizados com a mudança de ano no calendário.
É, dessa vez eu me rendi e estou aqui em mais um desses textos manjados de final de ano. Porém, eu o escrevo não pelo desejo dessa renovação de energia que acredita-se ocorrer com a chegada de 1º de janeiro. Escrevo porque hoje eu recebi por correio uma mídia com as fotos da minha formatura e sabe, por um instante me confundi e achei que ela tivesse ocorrido em 2011, mas ocorreu em fevereiro desse ano. E partir daí eu comecei a me lembrar do tanto de histórias que eu me permiti viver esse ano e conclui: 2012 foi um ano incrível!
É em homenagem ao ano que está se esgotando que eu quero escrever. Porque dentro desse período de 365 dias existiram tantos réveillons, tantos fins, começos e meios.
Não tem como mesmo eu tentar detalhar ou narrar fatos desse período de tempo. E que seja de modo subjetivo, atemporal, não-linear: o que eu percebi depois de uma brincadeira no facebook sobre o fim do mundo em que postei a música "Epitáfio" dos Titãs, foi que em 2012 eu consegui realmente me aproximar do que diz a letra da referida canção: chorei mais, vi o Sol nascer e se por, trabalhei menos (insira sua piada sobre serviço público aqui), errei mais, compliquei menos, amei mais, arrisquei mais, morri de amor, me importei menos, fiz o queria fazer!
Acredito que a maioria das pessoas já faz isso desde pequenas, mas eu demorei bastante tempo para aprender a me cobrar menos, para que eu afrouxasse as minhas próprias rédeas e sim, autocobrança tem que ser em doses nem moderadas! O medo de errar é que faz a gente errar mais, todos os diversos poetas, pensadores, escritores que falaram isso estavam corretíssimos!
Esse foi o ano em que tive meu baile de formatura (mesmo depois de 6 meses formada), conheci outro país, saí da casa dos meus pais, mandei quem me magoou pra'quele lugar, tomei vários porres (nenhum orgulho disso), tive 2 celulares furtados, reagi a um assalto (não façam isso), afoguei as mágoas no álcool, finalmente entrei na aula de dança (e continuo sendo um desastre), fiz amigos novos, mantive boas amizades, participei do cataforte (só quem participou para entender), aproveitei o fim do mundo...
E por falar em apocalipse, esse foi um grande ensinamento de 2012: a possibilidade do fim. Porque um dia tudo vai acabar e ninguém nunca diz quando vai acontecer, o que posso fazer é mesmo aproveitar o presente, já  que o meu mundo pode se extinguir a qualquer momento.
E o que eu desejo mesmo para o novo ano é a continuação do que aprendi no ano velho, que as novidades aconteçam, que o for para ser mantido o seja e o que for para deixar ir que vá! Tudo começa, termina e então novos acontecimentos surgem. Desejo valorizar cada vez mais o momento que eu tenho, afinal como canta Lenine "O futuro foi agora".






sexta-feira, 29 de julho de 2011

Mais do mesmo

Eu que sinto não saber nada a cada vez que me deparo com a vida. eu não tenho e pretenção de dizer o que é certo, mas acho que o caminho, ainda que irregular e tortuoso, permite entrar em contato e viver com nossas fraquezas. E posso estar errada, mas é acredito que isso me faz humana.
O que eu sinto desse ano é o quanto tenho tido mais coragem, mesmo diante de todas as dificuldades que são impostas. Sinto que tudo me fez mais forte e ironicamente mais frágil. Porque tenho força para seguir uma rotina exasperada, com pouco descanso. Mesmo sem dormir, sei que posso me manter de pé no dia seguinte, seguindo a jornada de estresse, transporte e ainda enfrentar mais uma prova à noite. Mas o que mais importa agora, é a ironia da vida que me fez forte e capaz para colocar-me diante da minha mais intensa fragilidade. E é esse desdém do destino que me move, para crescer de verdade.
Porque, de alguma maneira, eu sei que é doendo, que á partir do incômodo, da problematização, é por aí que se move para algum lugar. E sei ainda que essas mesmas rédeas que me movem a ver a ferida, tembém me aparam.
Bem sei que agora vou cuidar daquilo que não fui capaz de cuidar em mim. E mesmo quando pude me sentir impotente e covarde e desejei abrigo. Quis redenção... Foi aí que pude entender e ver que "nada é por acaso". O caso é que quem nem me adivinhava em reflexão e angústia me convidou a acompanhar em uma caminhada até a Igreja. E me foi oferecida uma compreensão sobre a doutrina espírita, sobre os destinos, sobre erros e reparação. Pode ser uma visão deslumbrada, ou uma tentativa vã de justificar o incompreensível para alguns, mas o que sinto é quanto necessito estar disposta a aprender e viver independente da dor. O que não puder ser reparado aqui, o será mesmo que em outra vida, outro momento. E pode até ser que em algum momento eu tenha escolhido minhas provações aqui.. mas esse é um tema que ainda requer aprofundamento.
Não sei como tudo se resolve ou seu alguma solução para o nó de nossas vidas. Mas sei que somos responsáveis por persistir no engano e no sofrimento.
Agora o que me interessa é estar aberta para ser e viver.

domingo, 18 de julho de 2010

La Veillée

dançar com vida!
talvez agora, agora e só agora tenha percebido que talves o que preciso é de leveza
leveza para dançar com a vida
para que ela me conduza
para deixar apenas o fluir, ir ... ir.
e vou sem saber onde..
mas para quê destino.. o que vale mesmo é a caminhada
o processo de chegar.. ainda que sem saber onde e como.
sou dor e prazer de estar indo
e meus pés talves não parem..
e já nem sentem o cansaço.. então vamos?



Então, eu escutei essa música e saí escrevendo.. sem pensar muito. E decidi portanto, não editar o texto, mas deixá-lo como está. Porque essa música me lembra movimento, e diante disso, sentido é secundário.

domingo, 25 de abril de 2010

Vou fazer um mantra, que seja
Agora tudo é assim repetido e vivido
Para não escapar a vontade que chega
Vem de dentro mesmo, do coração pro mundo