sexta-feira, 29 de julho de 2011

Mais do mesmo

Eu que sinto não saber nada a cada vez que me deparo com a vida. eu não tenho e pretenção de dizer o que é certo, mas acho que o caminho, ainda que irregular e tortuoso, permite entrar em contato e viver com nossas fraquezas. E posso estar errada, mas é acredito que isso me faz humana.
O que eu sinto desse ano é o quanto tenho tido mais coragem, mesmo diante de todas as dificuldades que são impostas. Sinto que tudo me fez mais forte e ironicamente mais frágil. Porque tenho força para seguir uma rotina exasperada, com pouco descanso. Mesmo sem dormir, sei que posso me manter de pé no dia seguinte, seguindo a jornada de estresse, transporte e ainda enfrentar mais uma prova à noite. Mas o que mais importa agora, é a ironia da vida que me fez forte e capaz para colocar-me diante da minha mais intensa fragilidade. E é esse desdém do destino que me move, para crescer de verdade.
Porque, de alguma maneira, eu sei que é doendo, que á partir do incômodo, da problematização, é por aí que se move para algum lugar. E sei ainda que essas mesmas rédeas que me movem a ver a ferida, tembém me aparam.
Bem sei que agora vou cuidar daquilo que não fui capaz de cuidar em mim. E mesmo quando pude me sentir impotente e covarde e desejei abrigo. Quis redenção... Foi aí que pude entender e ver que "nada é por acaso". O caso é que quem nem me adivinhava em reflexão e angústia me convidou a acompanhar em uma caminhada até a Igreja. E me foi oferecida uma compreensão sobre a doutrina espírita, sobre os destinos, sobre erros e reparação. Pode ser uma visão deslumbrada, ou uma tentativa vã de justificar o incompreensível para alguns, mas o que sinto é quanto necessito estar disposta a aprender e viver independente da dor. O que não puder ser reparado aqui, o será mesmo que em outra vida, outro momento. E pode até ser que em algum momento eu tenha escolhido minhas provações aqui.. mas esse é um tema que ainda requer aprofundamento.
Não sei como tudo se resolve ou seu alguma solução para o nó de nossas vidas. Mas sei que somos responsáveis por persistir no engano e no sofrimento.
Agora o que me interessa é estar aberta para ser e viver.